terça-feira, 4 de agosto de 2009

Diário de bordo: Etapa Baêa, man!




Segundo momento da turnê, só shows na Bahia. Shows prometidos: Camaçari, Poções e Lauro de Freitas; Shows realizados: Poções. Calma, sem alarde. O saldo pode ter sido de 2 pra 1 mas o rendimento foi de 3 pra 2. Porque? Explico abaixo.










Saímos de Aracaju sexta pela tarde. Desta vez sem Lelo – que, com sua namorada-tiete Daniele, foi com Bruno da Pantaloons de carro - e Rafael da Daysleepers que estava em Salvador. Fomos de Aracaju àquela cidade de trânsito infernal (Salvador) pegar o Rafa. Bom que eu conte logo antes que outra pessoa o faça: tava com dor de cabeça e fui pegar uma neosaldina na mochila. Confundi com dramin. É, tomei dramin pensando que era neosaldina. Me toquei do feito e tomei neosaldina por cima! Auei! Geração saúde strikes again!
Aperreio local: Camaçari ela mesma, e agora? Hehhehehe, eu explico.
Primeiro, no caminho a Camaçari só tinha biboca, estrada estreita e/ou mal sinalizada e uns núcleos industriais medonhos com cara de filme B de terror. Chegando na cidade, nos batemos um pouco pra chegar no lugar do show mas chegamos.
Resultado foi que não rolou o show porque a eletricidade tava instável. Instável mesmo, true do capeta. Forte, fraca, apaga tudo, pisca, pisca, volta forte, daí pra baixo. Ninguém ia ligar equipamento de som num lugar daquele jeito. E o Jair que era um dos organizadores, fez todo o possível pra rolar. Aporrinhou feio o pessoal da eletricidade, mas nem teve jeito.Vale lembrar que o Jair também tem banda (Declinium) e que mesmo não sendo culpa dele enviou um pedido de desculpas à Nordeste Independente. Coisa fina rapaz, gente educada é outra coisa.



Arrumamos uma pousada, fomos pruma lanchonete (Cara? Não. Um assalto a mão armada) engordar um pouco e depois de volta pra pousada dormir. Lembrete: enquanto lanchávamos, numa praça do lado da lanchonete rolou tiro. Uma mulher correndo e pouco após um policial atrás. Foi massa. O desejo de ir a um bar tomar uma cerveja dissolveu-se tão rápido quanto o barulho da bala pelo ar. O bom e velho pensamento de “Fodeu, viemos tocar, não tocamos, e não vamos tocar mais nessa turnê”. Mas tocamos.
Saímos de Camaçari cedo, tomamos café da manhã numa lanchonete próxima à pousada. Começaram as brincadeiras de motim, de boicotar Poções. Tivemos de dar o braço a torcer: a (muito longe) cidade por vir foi do caralho. Nosso fotógrafo Bolota teve de ir a Salvador, o pescoço dele travou, um torcicolo podrêra ou coisa do naipe. Só o reencontramos em Lauro de Freitas.



Fomos para Poções, estrada virado na porra. Fotos bizarras de esculturas em glória a Perninha. No meio da estrada, uma surpresa: alguém abriu a janela e pôs o braço pra fora. Estava mais frio que dentro com ar condicionado. Sinal de aproximação da Bahia Mineira. Em Poções, surpresas. Cidade bonita, clima frio/genial, o lugar do show grande e bem bacana, fomos bem recepcionados pelo Gilmar que era um dos organizadores. Tivemos pousada arrumada pelo evento. Estávamos chiques. Na hora do show, muita gente, equipamento de som bom e até telão atrás. Uma banda local ia abrir e outra fechar, porém a que ia abrir se atrasou e a Baggios começou a arregaçar a noite.





Só uma ressalva: fomos avisados que o nosso show estava quebrando o jejum de 2 anos sem show de rock por lá. Dá pra ter dimensão da porra? Dois anos sem shows? Nossa Senhora de Guadalupe. Mesmo sendo tudo bom (ou quase tudo), não poderia deixar de ter tido um...


Aperreio local: uma banda da cidade (cujo nome não será citado porque eu tenho classe) resolve “esticar” um pouco o repertório... O acordo era de cada banda fazer 35 a 40 minutos de show. Me vem uma certa banda, parecendo que saiu dum show do Jack Johnson em um terreiro de macumba e começa a se esticar, se esticar, se esticar e OPA! Uma hora de show. Começamos a fazer pressão, reclamar com a organização, armar os equipamentos na lateral do palco e OPA! Terminaram o show depois de uma hora e meia. Tákillpariu! Ainda foram desarrumar o terreiro, tirar as galinhas pretas e as pranchas de surf... Resultado: quase duas horas na brincadeira;os shows da Elisa e Daysleepers atrasaram de forma que a banda que ia encerrar a noite não tocou pois não havia mais ninguém. Puta merda ein?
Outra constatação válida sobre Poções: baqueta é? Tem mais não! Ravy da Daysleepers teve suas baquetas roubadas em Poções e acreditamos saber quem foi. Temos fotos e tudo mais! Kkkkkkkkkk.


Os Irmãos Patrulhas ( ja gostam de umas baquetas viu)

Surpresa!


Do show, sem descanso. Fomos pro hotel rearrumar as coisas, cochilar uma meia hora, comer um pão com café e pegar estrada de novo. A Lauro de Freitas. Pegamos um senhor engarrafamento. Jah, sê piedoso de nós. Salvador Fest: um engarrafamento infernal causado por essa festa, dezenas de carros tocando axé music e NENHUMA música se repetia. Espero que quem for atualizar o blog coloque fotos daquilo, pra que se tenha dimensão do diabo. Parece brincadeira, mas tinha gente a pé, dançando e rodando camisa sob sol de meio dia a caminho desse diabo. Esse coreógrafo (da camisa a rodar) encontrou com os amigos no meio do caminho, pôs as mãos no meio fio, arreganhou a bunda, começou a rebolar enquanto o seu “amigo” encasquetava por trás, e outro e outro, e mais outro... e no fim tínhamos um gang bang ao ar livre. Sensacional.
Depois do Freak Show, lá chegamos, entre arrombados e fodidos e fedendo bastante também. Lauro de Freitas. Praia, vento, cervejinha de leve. Fomos primeiro ao lugar do show conhecê-lo, depois comer. Alimentados, voltamos ao bar do show.

DESTAQUE LOCAL: Sabe o Bell marques do Chiclete? Pois é, o vimos passando de buggy com umas mulé dentro. Parecia mentira, todo mundo se olhando, mas era ele mesmo. Digo mais: o buggy era rosa. E cheio de mulher. “Nosso amor valeu demais” mesmo viu?

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Aperreio local: um acordo foi feito com a gente, outro com a banda local e dono do bar. Porra! Para nós, foi dito que a banda de lá começaria pelas quatro. E ai, pelas cinco, cinco e meia as bandas sergipanas começariam. Para o dono do bar e para a banda de Lauro de Freitas, foi dito que ela começaria pelas quatro e terminaria pelas oito horas da noite. Depois de muita espera, negociação com a pessoa que fechou o show, muito telefonema, enchimento/encheção de saco, resolvemos que não rolaria. O show não valia a pena, não tinha gente no lugar, enfim, uma pena.




Arrumados os trecos de volta no carro, estrada pra Sergipe. Parada estratégica em um posto de Guarajuba para abastecer nosso isopor com cerveja. E agora é a hora em que todo tipo de babaquice cabe. Do “meus irmãos de viagem” a “o crescimento humano frente às adversidades”. Sárrombar! Fí-du-cabrunco daquele que esteve naquela van (exceção pra Façanha, mas que mesmo assim acho que concordaria) e invente de abrir a boca pra dizer que não se divertiu. Três bandas pelo nordeste, todo mundo amigo, piadas múltiplas, freak shows para todo lado em salvador, oportunidades novas que rolaram. Pô, fi-de-rapariga-de-preso daquele que reclamar Foi muito bom.
Disso tudo, só posso deixar uma frase: E ai, quando é a turnê do sul?
Pedro yuri

2 comentários:

  1. "Pô, fi-de-rapariga-de-preso daquele que reclamar. Foi muito bom.
    Disso tudo, só posso deixar uma frase: E ai, quando é a turnê do sul? "
    concordo, e muito!

    Pedro, parabéns pelo texto, acho que conseguiu expressar muito bem o que passamos(é,é Dani-tiete se incluiu!) pela viagem, os aperreios e as coisas boas. Foi bom, tudo muito bom, muito divertido.

    Beijos, Tchunaites!
    (aguardando pela próxima etapa da turnê) #)

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  2. ah q legal!!
    muitas turnês e diversão pra vocês

    beijoo :***

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